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Embora pouco incidente, o câncer do tipo melanoma é o que mais mata no país. Cerca de 75% das mortes por câncer de pele são causadas por melanoma. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) são estimados 188 mil novos casos de câncer de pele, somente no nosso país, sendo cerca de 98 mil em homens e 83 mil em mulheres. O restante é de casos de melanoma, cerca de 5800 casos. De acordo com o Inca, o número de óbitos registrados pelo câncer de pele em 2010 foram de 1507.
De acordo com Charles Pádua, oncologista e diretor do Cetus-hospital dia, a exposição exagerada ao sol é uma das causas, mas não é a única. “O câncer de pele também é provocado por fatores genéticos e ambientais, como a distribuição da camada de ozônio. Maior órgão do corpo humano, a pele pode apresentar o câncer de duas formas: os carcinomas (ou não melanomas), que têm uma incidência alta, de 70% a 80%, e os melanomas, que variam entre 5% e 7%”.
Pádua explica que o melanoma é a transformação maligna dos melanócitos (células produtoras de pigmentos). É o tipo de câncer de pele que mais tem crescido na última década, seu índice elevou em 20%. Em países desenvolvidos a sobrevida média estimada para pacientes com melanoma é de 73% em cinco anos, ao passo que em países em desenvolvimento esse número chega a 56%. Os não melanomas ainda podem se apresentar de diferentes linhagens. Os mais freqüentes são o carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos e o carcinoma espinocelular, presente em 25% dos casos.
A boa notícia, segundo Pádua, é que a doença do tipo mais agressivo, se diagnosticada precocemente e submetida a um tratamento é curável. “No entanto, no Brasil, o diagnóstico não é tão rápido e quando mais tarde detectado, as chances diminuem consideravelmente”, destaca. Entre os sintomas mais freqüentes estão feridas na pele, cuja cicatrização demore mais de quatro semanas, manchas que coçam e ardem, descamam ou sangram. O câncer de pele é mais comum em adultos entre 30 a 60 anos, com picos de incidência por volta dos 40 anos. No entanto, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes vem diminuindo.
A população, principalmente a de países tropicais, como o Brasil gosta de sol, mas essa busca pela vaidade, não pode deixar de lado a prevenção de um câncer de pele. A principal dica é não se expor ao sol nos períodos entre 10 e 16h e usar fator de proteção solar (FPS) de acordo com o tom de pele de cada pessoa. Além disso, o uso de chapéus, guarda-sol e óculos escuros é indispensável. Estes cuidados simples podem prevenir este perigo iminente.