Estudo realizado em SP demonstra que biópsia de congelação pode diagnosticar câncer de bexiga
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Estudo realizado em SP demonstra que biópsia de congelação pode diagnosticar câncer de bexiga

131 portadores de carcinoma urotelial participaram da pesquisa

Destaque - A pesquisa foi realizada com 131 portadores de carcinoma urotelial atendidos no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

Por Redação - Publicado em 13 de julho de 2015

Um estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em 2014 demonstrou que a biópsia de congelação pode proporcionar um diagnóstico mais preciso para o câncer de bexiga. A pesquisa foi realizada com 131 portadores de carcinoma urotelial atendidos no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Os pacientes chegavam ao hospital com o diagnóstico de tumor na bexiga, mas os especialistas não sabiam se eram lesões músculo-invasivas do tipo que atinge a camada muscular do órgão. Essa avaliação é feita por meio de um procedimento chamado ressecção transuretral. O procedimento remove o tumor e cauteriza o local com o auxílio de um equipamento acoplado a uma câmera inserido pela uretra. O material coletado é enviado para análise do patologista e o resultado sai em aproximadamente cinco dias.

Para que o diagnóstico seja preciso, porém, é necessário que o cirurgião atinja a camada muscular da bexiga durante a ressecção e colete parte desse tecido para análise. Quando isso não ocorre, um novo procedimento precisa ser realizado e o início do tratamento tem de ser adiado pelo menos mais quatro semanas. Com a biópsia de congelação, realizada durante a ressecção transuretral, é possível ter certeza de que o material coletado tinha a camada muscular representada. O método consiste em congelar o material coletado com uso de nitrogênio líquido e cortar a amostra em fatias laminares para análise em microscópio. A avaliação pelo patologista é feita com o paciente ainda na mesa de cirurgia e o laudo leva entre 15 e 20 minutos para ficar pronto.

Os pacientes que participaram do estudo foram divididos em dois grupos: os 67 do grupo controle passaram por ressecção transuretral. Os outros 64 pacientes, além do procedimento padrão, tiveram uma segunda amostra coletada para ser submetida à biópsia de congelação. Nesse grupo, foram coletadas amostras até conseguir representar a camada muscular no exame de congelação. Nos pacientes em que não foi feita a biópsia de congelação, em 40% dos casos não havia camada muscular representada na amostra e foi necessário um novo procedimento. No grupo de estudo, o número de lesões que invadem a camada muscular diagnosticadas foi oito vezes maior – 23% dos pacientes, contra apenas 3% do grupo controle, demonstrando a efetividade do estudo de congelação no diagnóstico de doença músculo-invasiva.

O câncer de bexiga está fortemente associado ao consumo de cigarro e é o quarto mais frequente nos homens. Entre os tumores que afetam o sistema urológico é o segundo, atrás apenas do câncer de próstata. Na cidade de São Paulo, estima-se que a doença afete 13,3 em cada 100 mil habitantes. 

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131 portadores de carcinoma urotelial participaram da pesquisa