O tabagismo é o grande vilão do câncer de bexiga: 70% dos pacientes são fumantes ou ex-fumantes
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O tabagismo é o grande vilão do câncer de bexiga: 70% dos pacientes são fumantes ou ex-fumantes

Negligenciar alguns sintomas pode comprometer a cura e tratamento

Destaque - O tabagismo é o grande vilão do câncer de bexiga, dizem especialistas

Por Redação - Publicado em 13 de julho de 2015

O tabagismo é o grande vilão do câncer de bexiga, dizem especialistas. “Das pessoas que têm câncer de bexiga, 70% são fumantes”, afirma Marcos Dall’ Oglio, urologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Outro fator de risco, levantado por alguns médicos, está relacionado à exposição às aminas aromáticas (uma classe de compostos químicos tóxicos) que pode causar tumores na bexiga. “Profissionais que trabalham com derivados do petróleo ou em postos de gasolina também estão suscetíveis a este tipo de câncer”, diz Rodolfo Borges dos Reis, urologista.

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que cerca de nove mil casos devem surgir em 2014, com maior prevalência nos homens (6.750), e 2.190 em mulheres. “A mortalidade deste câncer têm incidência significativa se comparado ao câncer de próstata, que mata 3% dos homens com a doença, sendo que o câncer de bexiga mata 18% dos que desenvolvem a patologia”, explica Dall’Oglio.

Embora seja mais comum em homens, o médico faz um alerta às mulheres. “As mulheres estão mostrando uma tendência a equilibrar esse número. Isso porque estão fumando mais e expostas a carcinógenos por conta de uma rotina multitarefa. É importante ficar atenta”, aconselha Dall´Oglio.

Atenção aos sintomas do câncer de bexiga

Negligenciar os sintomas como hematúria (sangue na urina), ardência, irritação ou outras dificuldades para urinar, pode comprometer as chances de cura e a expectativa de vida do paciente com câncer de bexiga. “Muitos pacientes tratam como uma infecção urinária ou se automedicam. Um terço dos doentes que chegam ao Instituto do Câncer (Inca) estão com a doença avançada, quando a expectativa de cura é de 30% a 40% com cinco anos de sobrevida”, comenta Marcos Dall’Oglio, urologista. Nestes casos, o paciente precisa se submeter a tratamentos mais agressivos como a quimioterapia ou a cistectomia radical (remoção cirúrgica de parte ou de toda a bexiga).

Rodolfo Borges dos Reis, urologista, recomenda procurar o médico ao sinal de que algo no sistema urinário não vai bem. “Tumores em fase inicial têm 80% a 90% de chances de cura com terapias não invasivas sem efeitos colaterais”.

Prevenção
Além de evitar o cigarro e optar por uma rotina saudável com boa alimentação e atividade física, os especialistas aconselham tomar bastante líquido e em mulheres com casos crônicos de cistite, procurar tratamento o quanto antes. “Hoje há tumores que se relacionam com a cistite crônica”, conclui Dall’Oglio.

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Negligenciar alguns sintomas pode comprometer a cura e tratamento