Pesquisadores descobrem genes que contribuem para o desenvolvimento do câncer de rim
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Pesquisadores descobrem genes que contribuem para o desenvolvimento do câncer de rim

60 mil novos casos da doença podem ocasionar cerca de 13 mil mortes

Destaque - A expectativa dos pesquisadores é a de que 60 mil novos casos devem ser diagnosticados podem ocorrer 13 mil mortes

Por Redação - Publicado em 13 de julho de 2015

Análises genômicas de carcinomas de células renais de células claras (ccRCC – clear cell renal cell carcinoma) de 72 pacientes, revelaram 31 genes que são peças-chave no desenvolvimento, crescimento e disseminação do câncer, informam pesquisadores da Clínica Mayo de Jacksonville, na Flórida. Desses genes, oito não haviam sido relacionados, anteriormente, ao câncer de rim; e outros seis genes, ao que se sabia até então, nunca foram ligados a qualquer forma de câncer. O ccRCC é a forma mais comum de câncer de rim.

O estudo dos pesquisadores da Mayo, publicado no jornal Oncotarget, traz a mais extensa análise, até hoje, do papel que a expressão dos genes exerce no crescimento e na metástase de um tumor ccRCC. O subtipo ccRCC é responsável por 80% de todos os casos de câncer de rim. Esse estudo é uma análise completa, porque genes superexpressados foram funcionalmente testados em células do câncer de rim, para se ter certeza de que eles são importantes, sob algum aspecto, para o processo do câncer, diz o principal pesquisador do estudo, o biólogo molecular John A. Copland, Ph.D.

“O poder desse estudo está no fato de que examinamos os genes que descobrimos estar superexpressados em tumores de pacientes e determinamos suas funções no câncer de rim, o que nunca foi feito em grande escala antes”, ele diz. “Esse é um passo seminal na identificação de vias e moléculas envolvidas no desenvolvimento do câncer de rim, de forma que terapias específicas, que objetivem esses genes em questão, possam ser desenvolvidas para o tratamento desse tipo de câncer”, explica.

Esse câncer de rim está entre os dez tipos de câncer sólidos mais comuns nos EUA. A expectativa dos pesquisadores é a de que 60 mil novos casos devem ser diagnosticados neste ano e devem ocorrer 13 mil mortes. Embora o prognóstico do câncer de rim que ainda não se disseminou seja bom, os pacientes com câncer avançado ou metastático irão desenvolver resistência a medicamentos. Pacientes com doença metastática não tratada têm uma taxa geral de sobrevivência de cinco anos de menos de 10%.

A equipe de pesquisa, que inclui alunos graduados da Mayo e a autora principal Christina von Roemeling, já publicou diversos estudos em que identificam os genes que descobriram nas análises genéticas. Ao considerar a importância dessas descobertas para os pacientes, eles decidiram divulgar todos os genes, de uma vez, no jornal Oncotarget.

“Estamos divulgando essas descobertas à comunidade científica, para que um esforço mais amplo seja estruturado, a fim de buscar mais informações sobre esses genes e sobre como eles podem ser objetivados com eficácia”, diz Christina von Roemeling. “A pesquisa rápida, que se foca em novos tipos de tratamento para salvar vidas, é uma dívida que temos para com os pacientes”, ela declara.

As terapias dirigidas, usadas no momento para tratar o câncer de rim, são frequentemente tóxicas, ela acrescenta.“As descobertas do estudo representam um avanço muito importante na identificação terapêutica do alvo para o ccRCC e abrem novos caminhos para a descoberta e desenvolvimento de drogas. Novos agentes terapêuticos, que atuam nesses novos alvos, devem promover uma melhora significativa no prognóstico de pacientes com ccRCC”, diz o coautor do estudo e oncologista da Mayo Han Tun.

Os pesquisadores examinaram um número igual de amostras (72) de rins normais e de tecidos do câncer de rim. Eles examinaram a superexpressão e a subexpressão do RNA (ácido ribonucleico) do tecido, bem como a produção de proteínas, porque os genes expressam RNA para produzir proteína. Eles encontraram quase 6 mil genes que se encaixam nessa descrição. Eles isolaram e testaram 195 genes que são consistentemente elevados em amostras de pacientes. Os pesquisadores então reduziram a lista de “sucessos” para 31 genes, depois de testar cada um deles em células vivas de câncer, para ver se esses genes contribuíram ou não para o crescimento e a disseminação do tumor. “Nós também encontramos genes com outras funções que são essenciais para a sobrevivência ao câncer de rim, assim como para inflamações. Outro gene encontrado está ligado à angiogênese, que é a produção de novos vasos sanguíneos para dar suporte ao tumor. 

Essa é uma descoberta nova”, diz Christina von Roemeling. “Ela é particularmente importante porque o ccRCC é bem conhecido por ser um tipo de câncer muito angiogênico. “Em acréscimo ao potencial desses genes e produtos dos genes para nos ajudar a desenvolver novas drogas, eles também servem como biomarcadores para diagnósticos precisos”, ela diz. “É realmente um tesouro encontrado para a futura pesquisa do câncer de rim”, afirma.

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60 mil novos casos da doença podem ocasionar cerca de 13 mil mortes